Grupos funcionais e óleos essenciais - o que você precisa saber

January 12, 2021
Educação

Nesse artigo vamos falar de grupos funcionais, o que eles são, pra que servem e porque você deve se importar com eles no uso da aromaterapia.

O que são grupos funcionais?

Estudar, ao menos o básico da química dos óleos essenciais é muito importante para a prática da aromaterapia, seja você um profissional que atende outras pessoas (e nesse caso eu diria que é essencial), mas também pra você que é um praticante dessa técnica para uso próprio e com a sua família.

É claro que não precisamos virar cientístas para usar a aromaterapia, mas um conhecimento embasado nos faz aproveitar o máximo dela e errar menos. E ninguém quer errar, principalmente quando falamos de saúde.

Cada óleo essencial é constituído por centenas de componentes químicos diferentes uns dos outros. Essa riqueza de componentes e a interação entre eles é o que faz os óleos essenciais terem suas propriedades curativas que conhecemos.

Cada componente químico é feito pelo conjunto da menor unidade que temos na química, o átomo. Esse conjunto de átomos, aprendemos no colégio, é chamado de moléculas.

Cada componente químico tem uma estrutura molecular, ou seja, uma forma como os átomos se agrupam para formar a molecula desse componente.

De acordo com o tipo de formação dessa estrutura molecular, agrupamos os componentes que existem na natureza, em o que chamamos de Grupos funcionais.

Então grupos funcionais, são agrupamentos de componentes químicos de acordo com sua estrutura molecular. Essa é a definição correta.

Se um componente tem uma estrutura molecular com um benzeno com uma hidroxila, e outro também tem, apesar de ser um componente químico diferente, esses são agrupados na mesma categoria.

Alguns exemplos de grupos funcionais que estudamos são: Monoterpenos, sesquiterpenos, óxidos, éteres, fenóis, aldeídos e outros.

Grupos funcionais e óleos essenciais

Percebeu que para eu te explicar o que são grupos funcionais, eu não falei de aromaterapia e efeitos dos óleos essenciais?

E esse é exatamente o ponto onde eu queria chegar. Você pode ler ou ouvir afirmações do tipo “aldeídos são anti-inflamatórios”, “O óleo essencial rico em éteres evitam espasmos”, e sem me aprofundar muito, posso te dizer que afirmações genéricas desse tipo tendem fortemente a estar erradas.

Simplificar as coisas é ótimo, mas quando a gente simplifica demais, entramos em outro problema. Vou dar uma exemplo mais prático. Quando ouvimos a frase: “pessoas gordas tem pressão alta”: Podemos ao ouvir isso inferir que todas as pessoas gordas tem pressão alta, que somente gordos tem pressão alta ou que a gordura é a causadora de pressão alta. Apesar de sabermos que o excesso gordura piora a pressão, nenhuma dessas afirmações é verdadeira, de forma que essa frase ("pessoas gordas tem pressão alta"), cientificamente e pedagogicamente falando, não serve para absolutamente nada.

Exatamente o mesmo efeito acontece no ensino da aromaterapia, afirmações genéricas como essas reduzem toda a complexidade, e poderia dizer aqui, a beleza da natureza em uma equação quase que matemática e a uma análise puramente química, que já se confirmou muitas vezes estar errada.

Analisando um pouco mais, a classificação de grupos funcionais não é uma classificação de óleos essenciais e sim de seus componentes. Nenhum óleo essencial é composto por componentes de uma única familia, e mesmo que a maioria de seus componentes possa ser de uma famíla específica, essa maioria as vezes pode corresponder a apenas 40% da sua composição. Não podemos afirmar qualquer propriedade desse óleo desconsiderando os outros 60%.

Mas então pra que eu vou estudar grupos funcionais?

A estrutura molecular dos componentes dos óleos podem sim nos dar muitas informações úteis para usar na aromaterapia. Conhecendo a estrutura molecular desses componentes podemos saber se são óleos que tem durabilidade maior ou menor, se são mais voláteis, se tem mais tendência a oxidar e estragar, os que são mais fáceis na absorção na pele, os que podem ser mais irritantes além de outras características.

A química é importante e essencial, mas sozinha não da conta da complexidade da biologia. Precisamos juntar todo o conhecimento para entender como funciona a aromaterapia e como obter o melhor dela.

Espero ter te ajudado no seu uso da aromaterapia.

Se quiser aprender mais sobre aromaterapia e se tornar um profissional no uso de óleos essenciais, de uma olhada no nosso treinamento oficial no link abaixo

Obrigado pelo seu tempo e até o próximo artigo.

Felipe Rollin

Felipe é professor, palestrante, engenheiro, pesquisador sobre óleos essenciais e aromaerapeuta. É sócio do escola de aromaerapia Instituto Aromalink.

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